6 de setembro de 2010

A Máfia das Auto-Escolas

Sabe-se de longa data que muitas auto-escolas por aí dão a opção de se pagar para ser aprovado no exame final que lhe dará direito a pegar sua licença para dirigir. O que a maioria das pessoas vêem é apenas um "jeitinho brasileiro", mas eu afirmo, isso tudo é uma máfia.

Isso é, sem todos os rituais, a Omerta e muito menos glamurosa, mas acredito que se enquadre bem no conceito de máfia. As primeiras ações mafiosas que se tem notícia vem da Sicília, onde os proto-mafiosos protegiam os fazendeiros em troca de dinheiro. Foi ok no começo, mas o negócio começou a pegar quando ninguém mexia mais com os fazendeiros e os proto-máfias ainda precisavam do dinheiro, então eles chegavam no Sr. Farmer e diziam para ele:
- Bem, melhor pagar a gente, vai que acontece alguma coisa com o senhor.
- NÃO!
- Tem certeza?
- SIM!
Como a máfia é deveras refinada, eles diziam que tudo bem e iam embora. Mas no dia seguinte o Sr. Farmer acorda abraçado com a cabeça de uma de suas vacas e com os pneus da charrete furados. Nas auto-escolas é quase o mesmo conceito, você faz todas as aulas necessárias, vai fazer o teste e o examinador pergunta: "Não quer pagar não? Vai que acontece de você não passar", com a diferença que os pneus da sua charrete não vão ser furados, pode ficar tranquilho.

Aí você escolhe a pílula roxa ou a pílula escarlate. Se escolher a roxa vai desembolsar cerca de R$300 a R$400 segundo minhas pesquisas puramente informativas, mas tem a certeza (ou não) de passar no exame. Se escolher a escarlate vai ter que contar com todas as suas habilidades para não errar em nada, mas dependendo do examinador ainda pode acabar se ferrando e tendo que pagar o exame novamente.

Pode ser que compense pagar, eu acredito que por R$300 eu tiro uma carteira de moto ao invés de ter que desembolsar isso para passar na de carro, mas tem gente que afirma que se não pagar, não passa. De uma forma ou de outra, carro e crime organizado é o que não falta nas ruas de São Paulo.

23 de agosto de 2010

Gravando um filme

Depois de ver tantas copias ruins de Inception/A Origem em qualidade CAM (gravado do cinema) por aí, achei que eu deveria dar alguma contribuição para essas nobres pessoas que devem ter bom coração, já que estão sujeitas a serem presas por gravar um filme do cinema para um monte de pessoas completamente desconhecidas. Mas vocês sabem, essa é a base da internet.

Primeiro de tudo, você deve arranjar uma mochila, já que se você vai levar seu equipamento para dentro de uma sala de cinema, tem que estar tudo bem camuflado. Segundo, você precisará de uma camera no minimo decente, essa é a parte díficil. A maioria das câmeras não filma bem com pouca luz e além do mais, elas tem um espaço limitado e dependendo da qualidade em que você grava, o espaço é insuficiente para todo o filme.

Se você já tem uma boa câmera, já é possivel seguir em frente e comprar um tripé. Pode ser um teste máximo de resistência, mas você vai acabar tremendo e vai acabar disperdiçando ainda mais seu grande espaço de tempo livre. E aliás, não importa que a qualidade da gravação seja boa, chacoalhar a câmera não vai fazer o filme se transformar em 3D.

Munido de um tripé, uma boa câmera e uma mochila para guardar tudo, você já está pronto para empreitar uma gravação no cinema. Basta sentar numa cadeira, armar o tripé, a câmera, enquadrar toda a tela usando os trailers para isso e pronto!

Jogue uma jaqueta por cima de tudo para disfarçar só não cubra a entrada do microfone e escolha seções mais vazias, cadeiras ao fundo ajudam muito a ser menos notado. Ao menor sinal de funcionários, aborte a missão e jogue tudo na mochila, afinal, algumas coisas são muito idiotas para serem explicadas.


Depois dessa imagem, nem sei como as pessoas ainda vão ao cinema

16 de agosto de 2010

Cassino Royale

Se você já viu 007: Cassino Royale, onde Daniel Craig assume a patente de Sean Connery James Bond, sabe que o Cassino Royale é um belo cassino onde tudo acontece. E não foi diferente no navio.

O nome do cassino era Cassino Royale de fato, embora deva ser Cassino Royale a anos, muito antes do filme, mas a única referencia que veio na minha mente foi de James Bond. Isso deixa o lugar mais legal, mas que não tem qualquer intuito de aumentar sua popularidade, já que mesmo que você não entre lá para jogar, você tem que passar por ele para chegar na outra parte do navio. Então, seja criança, idoso ou bebê, todo mundo já deu uma passada no Cassino Royale.

Tinham muitas máquinas caça-níqueis com luzes multi-coloridas, um guichê aonde você trocava seus dólares (no navio, a moeda corrente é apenas o dólar americano, canadense não passa) por fichas, para de lá ir para aonde a ação acontece de verdade, que são as mesas de poker, roleta e blackjack. Eu joguei apenas blackjack, também conhecido como 21, um jogo bem simples que consiste em fazer 21 pontos pela soma das cartas, se você exceder 21 pontos, você perde e a "casa" ganha. Aqui vai uma lição, a "casa" sempre ganha, principalmente quando você acha que sabe jogar.

Seguindo a minha explicação acima, parece muito fácil jogar blackjack, mas não entender quando se deve dobrar uma aposta ou parar faz a diferença. Eu comecei aprendendo que a aposta mínina era de 5 doláres, não tinha muito mais que 20 doláres na carteira então fui com tudo, troquei por 2 fichas.

Sendo que dentro do território brasileiro cassinos e bingos são ilegais, o pessoal não estava muito familiarizado com o jogo, apenas os que estavam de bonés e óculos escuros sabiam de todas as manhãs, mas os carteadores eram muito solícitos e ofereciam alguma ajuda, como fazer um tal de seguro para você não se ferrar demais em certas jogadas, mas foi uma bela experiência de vida.

No final das contas, saí com o dinheiro que eu entrei, ganhei o que eu perdi e achei melhor parar por ali. Tem também as máquinas caça-níqueis, mas além de só perder nelas, não tem a mesma emoção de estar em uma mesa, vendo seu dinheiro em fichas sumir ou aumentar, isso sim não tem preço. Na verdade tem, como eu disse, a aposta mínina é 5 doláres.

9 de agosto de 2010

Água, alimento e Grylls

A algum tempo eu fiz uma viajem de navio pela costa brasileira, além de todos os inconvenientes de não ter para onde fugir em caso de dar merda, muitas outras coisas acontecem em alto mar.

Acredito que de todas as refeições que estavam incluídas na viajem, a mais desafiante era o café da manhã. Veja bem, quando você sai de navio por aí, você com certeza está de férias e estando de férias, a possibilidade de acordar um pouco mais tarde costuma animar o pessoal e por consequencia, se você não tomar café muito cedo, você presenciará o caos.

A corrida por mesas disponíveis só não se equipara a corrida por mini-caixas de cereais que rapidamente somem da mesa de Self-Service do local. A variedade do cardápio varia desde uma comida mais saudável com laticínios e vegetais, até panquecas com mel por cima que te dava energia para nadar 12 vezes em volta do navio e ainda voltar para o almoço.

As xícaras e copos limpos eram repostos segundos antes de não terem mais xícaras ou copos, já que se alguém fosse repetir, geralmente só levava o prato, os copos e/ou xícaras eram habilmente retirados pelos garçons navegadores trajados com roupas coloridas[carece fontes] e aí lavados na água quente e aí repostos. Um sistema que apesar de parecer complicado, funciona bem.

Em geral a água era de graça, ela saia de uma grande máquina de fazer água, bastava empurrar uma alavanca com seu copo e ela saia, já no almoço ofereciam também refrigerantes e cervejas que eram brutalmente cobrados e extorquidos de você por apenas uma lata de 350 ml. Eu levei a lata comigo, já que pelo preço ela deveria valer um bom peso em ouro.

A moral dessa história é uma dica de sobrevivência, já que nos quartos não havia frigobar, apenas baldes de gelo para esfriar as coisas, a técnica para se adquirir água ali era jogar algumas pedras de gelo em sua garrafa reutilizável de plástico e mante-la perto do corpo, para assim o gelo derreter e você poder beber água sem ter que subir 4 andares para isso. Bear Grylls sabe dessa.


2 de agosto de 2010

Bem-vindos a selva

Nesses últimos meses nos vimos a explosão de vloggers, caras que falam sobre diversos assuntos em frente a uma câmera. Nesse tipo de nicho de produção de videos falando merda, o Felipe Neto foi o cara que fez os vloggers explodirem, junto com o PC Siqueira que estava aí a mais tempo mas não é tão assediado, sorte a dele.

Não acho que vloggers sejam ruins, o conteúdo deles pode não ser do agrado de todos, mas eles atingem, independente da estratégia, um grande público, o suficiente para sair em matérias em revistas e tv, como aconteceu com o Felipe Neto. Mas em minha modesta e humilde opinião, isso tudo é fogo de pólvora.

É como dizem, vem fácil, vai fácil, esses caras podem fazer vlog a vida inteira, mas provavelmente seu apíce já passou. Fizeram matéria, ganharam uma grana, mas foi só isso e é bem mais capaz que eles acabem parando de vlogar em breve, se é que já não pararam enquanto você estiver lendo esse texto. Porque vlog é só um começo, porque você não tem como se expandir e crescer nisso. A não ser que evolua e se modifique e vire uma borboleta, fazendo outras coisas com filmagem e edição, etc...

Pessoas bem sucedidas (entenda como quiser) no nicho de fazer videos foi o Mistery Guitar Man. O cara mudou para os Estados Unidos da America e já trabalhava com comerciais e videoclipes, depois que a situação econômica do país ficou tensa, ele passou a fazer apenas videos do YouTube, onde acabou por ganhar prêmios em dinheiro e notoriedade, o que deve ser alguma coisa.

Isso foi lá por 2007, 3 anos depois, no começo desse ano, ele era o 11º usuário com mais inscrições no YouTube e isso é alguma coisa. Ou seja, todo o reconhecimento que ele tenha hoje, foi fruto dele já ter trabalhado com coisas relacionadas, muitos videos no YouTube, ou seja muita experiência. Isso acaba arrecadando uma base de fãs diferente das do Felipe Neto, que em algum tempo vão acabar esquecendo dele ou dizendo que os videos não são mais como antigamente e caindo fora.

Por isso, não acredito que alguns vloggers vão durar muito tempo, eles tem que inovar muito para sobreviverem ao cruel mundo que vivemos hoje. Um mundo que quer o novo, quer o original e quer pra ontem.

30 de junho de 2010

Férias - Novamente

Então, você chegou até aqui. Não até o blog somente, mas até esse 30 de junho de 2010. O que eu quero dizer é bem simples, hora de tirar umas férias. As postagens realmente diminuiram para uma a cada semana, isso foi inevitável devido aos diversos compromissos da vida social moderna e por mais um punhado de compromissos e um merecido descanso (ou não), também me retirarei durante esse mês de Julho.

Eu sei, é sempre triste, eu faço isso todo o ano, mas a tristeza é a mesma, mas não se preocupem, aproveitem suas férias e logo mais voltaremos com a programação inescrupulosa normal.


Encare - Você nunca vai ser tão cool quanto esses caras

24 de junho de 2010

Pedobear vs HitGirl

Só queria fazer um adendo ao post anterior:




Pobre Pedobear.

E tudo isso só porquê:

Fontes:
My.Spill
Forúm MovieCodec

21 de junho de 2010

Quebrando Tudo e Todos

Esse fim de semana estreiou nos cinemas Kick-Ass: Quebrando tudo. Eu sou chato com subtítulos para filmes, isso porque geralmente eles são ruins, mas um subtítulo nunca fez tanto sentido em toda a história desse país.

O filme foi baseado em uma HQ, o que não é de se surpreender já que tudo está sendo adaptado para o cinema hoje em dia, mas também não é nenhum desmérito. Não posso dizer se a adaptação foi boa ou não, mas posso dizer que pelo menos o filme é.

Encontramos nosso herói principal como um adolescente completamente normal, com um pouco de loser: leva fora de garotas, lê quadrinhos e assaltam ele uma vez ou outra, além dos amigos idiotas. Nada que não tenhamos passado uma vez ou outra.

Ele se pergunta porquê ninguem tinha tentado ser um super-herói antes. Bem, eu mesmo posso dar essa resposta, se você tem uma garota(o) para pegar, não tem porque perder tempo fazendo outra coisa e na verdade, ninguem liga para os outros quando se está de bem com a vida com carro, mulher e iphone.

Mas como ele não tinha nada disso, decidiu que iria fazer algo pelas pessoas, comprou uma roupa de borracha e dois paus de borracha e foi para a luta contra o crime com o nome de Kick-Ass. Ele tentou achar animais desaparecidos e tal, mas foi na porrada que ele ficou conhecido por toda a internet. E porrada é o que esse filme é.

Nosso herói em uma missão suicida acaba por encontrar Hit-Girl, que foi até lá para resolver alguns assuntos e bem, foram resolvidos:


Essa não é uma imagem meramente ilustrativa, o filme é tão agressivo quanto

Na realidade o filme é tão agressivamente bom que teve que levar 18 anos, o que foi ótimo para o filme, porque eles tiveram uma liberdade artística impressionante, violentamente falando. Agora você me pergunta se esse filme só vale pela violência, eu te digo que não, mas a violência foi o tempero do filme, só para mostrar o quão real aqueles acontecimentos poderiam ser. Isso é, o quão real uma menina de 11 anos matando 300 marmanjos pode ser.

E tudo isso ainda com uma dose de humor-negro absurdamente foda. Filme foda, foda como ainda não tinhamos visto esse ano. Recomendado e carimbado, assista Kick-Ass, agora, vá a uma cinema nesse instante.

14 de junho de 2010

Invasão na Internet

Sabe, chega a ser engraçada a quantidade de dados que fornecemos sem percebermos na internet. Digo sem perceber porque na verdade nós nem autorizamos a dar. No bom sentido da palavra.

Basicamente todo o site que você entra recolhe informações do seu PC, como o tipo de conexão usada (adsl, dial-up), o browser que você está usando e seu Sistema Operacional, ip usado, etc. Essas informações ficam guardadas para análise posterior e, se o site for bom, usada pelos sites para aumentar suas visitas e melhorar como o conteúdo é exibido.

Porém, não deixa de ser verdade que isso é uma invasão de privacidade. Geralmente são os sites que fornecem serviços de proxy, que servem para ocultar esses dados pessoais, que te mandam esse discurso, dizendo que você está sendo espionado, que seu IP está gravado na database deles, eles sabem quem você é, qual site pornô é seu favorito e usar o serviço de proxy deles é a única maneira de evitar isso.

É verdade que o Google guarda todos os sites que você pesquisou, ele sabe aonde você mora e se você tem conta no orkut, também sabe com quem você fala. O Google é uma grande empresa e assim como Zeus e , devemos acreditar que essas informações não vazarão. Isso tirando os hackers dessa equação, que se invadem a database de clientes do Google, seria um caos global.

Mas a questão é, você realmente sente a necessidade de encobrir esses dados, que melhorariam os serviços prestados? Ou você acha que a internet deve ser um espaço privado, que não pergunte quem você e o que você faz, ao contrário a muitos espaços públicos da vida real?

Essa é uma discussão que não vai ser resolvida tão cedo.

Video meramente ilustrativo. Não é como se o Google fizesse isso.

8 de junho de 2010

Cartas para Esparta

Como fazem duas semanas que eu não escrevi nada para postar e já que uma foto vale mais do que mil palavras, um video deve ter muito mais palavras, então resolvi postar o meu mais novo e exclusivo video para sua diversão. Com legendas:


Uma boa piada nunca fica velha demais (ou não).