23 de agosto de 2010

Gravando um filme

Depois de ver tantas copias ruins de Inception/A Origem em qualidade CAM (gravado do cinema) por aí, achei que eu deveria dar alguma contribuição para essas nobres pessoas que devem ter bom coração, já que estão sujeitas a serem presas por gravar um filme do cinema para um monte de pessoas completamente desconhecidas. Mas vocês sabem, essa é a base da internet.

Primeiro de tudo, você deve arranjar uma mochila, já que se você vai levar seu equipamento para dentro de uma sala de cinema, tem que estar tudo bem camuflado. Segundo, você precisará de uma camera no minimo decente, essa é a parte díficil. A maioria das câmeras não filma bem com pouca luz e além do mais, elas tem um espaço limitado e dependendo da qualidade em que você grava, o espaço é insuficiente para todo o filme.

Se você já tem uma boa câmera, já é possivel seguir em frente e comprar um tripé. Pode ser um teste máximo de resistência, mas você vai acabar tremendo e vai acabar disperdiçando ainda mais seu grande espaço de tempo livre. E aliás, não importa que a qualidade da gravação seja boa, chacoalhar a câmera não vai fazer o filme se transformar em 3D.

Munido de um tripé, uma boa câmera e uma mochila para guardar tudo, você já está pronto para empreitar uma gravação no cinema. Basta sentar numa cadeira, armar o tripé, a câmera, enquadrar toda a tela usando os trailers para isso e pronto!

Jogue uma jaqueta por cima de tudo para disfarçar só não cubra a entrada do microfone e escolha seções mais vazias, cadeiras ao fundo ajudam muito a ser menos notado. Ao menor sinal de funcionários, aborte a missão e jogue tudo na mochila, afinal, algumas coisas são muito idiotas para serem explicadas.


Depois dessa imagem, nem sei como as pessoas ainda vão ao cinema

16 de agosto de 2010

Cassino Royale

Se você já viu 007: Cassino Royale, onde Daniel Craig assume a patente de Sean Connery James Bond, sabe que o Cassino Royale é um belo cassino onde tudo acontece. E não foi diferente no navio.

O nome do cassino era Cassino Royale de fato, embora deva ser Cassino Royale a anos, muito antes do filme, mas a única referencia que veio na minha mente foi de James Bond. Isso deixa o lugar mais legal, mas que não tem qualquer intuito de aumentar sua popularidade, já que mesmo que você não entre lá para jogar, você tem que passar por ele para chegar na outra parte do navio. Então, seja criança, idoso ou bebê, todo mundo já deu uma passada no Cassino Royale.

Tinham muitas máquinas caça-níqueis com luzes multi-coloridas, um guichê aonde você trocava seus dólares (no navio, a moeda corrente é apenas o dólar americano, canadense não passa) por fichas, para de lá ir para aonde a ação acontece de verdade, que são as mesas de poker, roleta e blackjack. Eu joguei apenas blackjack, também conhecido como 21, um jogo bem simples que consiste em fazer 21 pontos pela soma das cartas, se você exceder 21 pontos, você perde e a "casa" ganha. Aqui vai uma lição, a "casa" sempre ganha, principalmente quando você acha que sabe jogar.

Seguindo a minha explicação acima, parece muito fácil jogar blackjack, mas não entender quando se deve dobrar uma aposta ou parar faz a diferença. Eu comecei aprendendo que a aposta mínina era de 5 doláres, não tinha muito mais que 20 doláres na carteira então fui com tudo, troquei por 2 fichas.

Sendo que dentro do território brasileiro cassinos e bingos são ilegais, o pessoal não estava muito familiarizado com o jogo, apenas os que estavam de bonés e óculos escuros sabiam de todas as manhãs, mas os carteadores eram muito solícitos e ofereciam alguma ajuda, como fazer um tal de seguro para você não se ferrar demais em certas jogadas, mas foi uma bela experiência de vida.

No final das contas, saí com o dinheiro que eu entrei, ganhei o que eu perdi e achei melhor parar por ali. Tem também as máquinas caça-níqueis, mas além de só perder nelas, não tem a mesma emoção de estar em uma mesa, vendo seu dinheiro em fichas sumir ou aumentar, isso sim não tem preço. Na verdade tem, como eu disse, a aposta mínina é 5 doláres.

9 de agosto de 2010

Água, alimento e Grylls

A algum tempo eu fiz uma viajem de navio pela costa brasileira, além de todos os inconvenientes de não ter para onde fugir em caso de dar merda, muitas outras coisas acontecem em alto mar.

Acredito que de todas as refeições que estavam incluídas na viajem, a mais desafiante era o café da manhã. Veja bem, quando você sai de navio por aí, você com certeza está de férias e estando de férias, a possibilidade de acordar um pouco mais tarde costuma animar o pessoal e por consequencia, se você não tomar café muito cedo, você presenciará o caos.

A corrida por mesas disponíveis só não se equipara a corrida por mini-caixas de cereais que rapidamente somem da mesa de Self-Service do local. A variedade do cardápio varia desde uma comida mais saudável com laticínios e vegetais, até panquecas com mel por cima que te dava energia para nadar 12 vezes em volta do navio e ainda voltar para o almoço.

As xícaras e copos limpos eram repostos segundos antes de não terem mais xícaras ou copos, já que se alguém fosse repetir, geralmente só levava o prato, os copos e/ou xícaras eram habilmente retirados pelos garçons navegadores trajados com roupas coloridas[carece fontes] e aí lavados na água quente e aí repostos. Um sistema que apesar de parecer complicado, funciona bem.

Em geral a água era de graça, ela saia de uma grande máquina de fazer água, bastava empurrar uma alavanca com seu copo e ela saia, já no almoço ofereciam também refrigerantes e cervejas que eram brutalmente cobrados e extorquidos de você por apenas uma lata de 350 ml. Eu levei a lata comigo, já que pelo preço ela deveria valer um bom peso em ouro.

A moral dessa história é uma dica de sobrevivência, já que nos quartos não havia frigobar, apenas baldes de gelo para esfriar as coisas, a técnica para se adquirir água ali era jogar algumas pedras de gelo em sua garrafa reutilizável de plástico e mante-la perto do corpo, para assim o gelo derreter e você poder beber água sem ter que subir 4 andares para isso. Bear Grylls sabe dessa.


2 de agosto de 2010

Bem-vindos a selva

Nesses últimos meses nos vimos a explosão de vloggers, caras que falam sobre diversos assuntos em frente a uma câmera. Nesse tipo de nicho de produção de videos falando merda, o Felipe Neto foi o cara que fez os vloggers explodirem, junto com o PC Siqueira que estava aí a mais tempo mas não é tão assediado, sorte a dele.

Não acho que vloggers sejam ruins, o conteúdo deles pode não ser do agrado de todos, mas eles atingem, independente da estratégia, um grande público, o suficiente para sair em matérias em revistas e tv, como aconteceu com o Felipe Neto. Mas em minha modesta e humilde opinião, isso tudo é fogo de pólvora.

É como dizem, vem fácil, vai fácil, esses caras podem fazer vlog a vida inteira, mas provavelmente seu apíce já passou. Fizeram matéria, ganharam uma grana, mas foi só isso e é bem mais capaz que eles acabem parando de vlogar em breve, se é que já não pararam enquanto você estiver lendo esse texto. Porque vlog é só um começo, porque você não tem como se expandir e crescer nisso. A não ser que evolua e se modifique e vire uma borboleta, fazendo outras coisas com filmagem e edição, etc...

Pessoas bem sucedidas (entenda como quiser) no nicho de fazer videos foi o Mistery Guitar Man. O cara mudou para os Estados Unidos da America e já trabalhava com comerciais e videoclipes, depois que a situação econômica do país ficou tensa, ele passou a fazer apenas videos do YouTube, onde acabou por ganhar prêmios em dinheiro e notoriedade, o que deve ser alguma coisa.

Isso foi lá por 2007, 3 anos depois, no começo desse ano, ele era o 11º usuário com mais inscrições no YouTube e isso é alguma coisa. Ou seja, todo o reconhecimento que ele tenha hoje, foi fruto dele já ter trabalhado com coisas relacionadas, muitos videos no YouTube, ou seja muita experiência. Isso acaba arrecadando uma base de fãs diferente das do Felipe Neto, que em algum tempo vão acabar esquecendo dele ou dizendo que os videos não são mais como antigamente e caindo fora.

Por isso, não acredito que alguns vloggers vão durar muito tempo, eles tem que inovar muito para sobreviverem ao cruel mundo que vivemos hoje. Um mundo que quer o novo, quer o original e quer pra ontem.