24 de maio de 2010

Lojas Impessoais

Graças ao advento da internet, cada vez mais nós temos que sair menos de casa para fazer alguma coisa. E eu acho isso ótimo.

Vejam bem, não digo que sair para balada e encher a cara é algo ruim, isso você deve fazer se assim desejar, mas em questão de serviços, eu prefiro os programas. Programas podem não ser perfeitos, mas com certeza eles não vão te olhar com cara feia ou de desânimo enquanto você está indo comprar algo naquela empolgação. Acho que se uma pessoa decide nunca mais voltar à uma loja, a maioria das vezes deve ser porque o Clóvis perdeu a casa, os filhos e a mulher levou o resto, enquanto sua mãe está morrendo no hospital e por isso te deu uma resposta atravessada. De fato, deve ser minoria os casos em que o cidadão não quer fazer o trabalho que ele é pago para fazer.

Por tanto, se é para atender a pobre velhinha de qualquer jeito, é melhor ela se virar em um site, que eu diria que é mais compreensivo e alegre do que um ser humano de pé na sua frente, com todos aqueles menus explicativos e mensagens de "Obrigado por comprar aqui e volte sempre!" pelos cantos. Isso que é um bom tratamento! Até entregam na minha casa.

E digo mais, se você tem a facilidade de comprar algo pela internet, parcelar em quantas vezes você quiser sem sentir vergonha disso, acho que a empresa só tem a ganhar. E se o produto for bom, novas perspectivas de negócio se abrem, como fornecer grandes quantidades a alguém que planeja revender e toda a transação pode ser feita da cadeira de seu lar.

Além disso, podemos pular muitas filas se sistemas online fossem implementados à nível de Brasil, como aconteceu para a retirada do Título de Eleitor desse ano. Você colocava aonde você queria votar, todas as informações e depois era só ir no cartório retirar. Quando mandarem pelo correio sua Carteira de Identidade Universal, saberei que chegamos no futuro.

Enquanto isso, me contento em comprar tranqueiras no Ebay (site de leilões) usando o Paypal (banco online), porque afinal, this is capitalismo.

9 de maio de 2010

Fugindo do País

Em muitos filmes podemos ver cidadões fugindo da lei. Alguns se escondem em regiões desoladas, outros vão se esconder na multidão e ainda existem aqueles que fogem do país.

Vejam bem, fugir do país não é uma tarefa fácil e principalmente no Brasil, é melhor ficar por aqui mesmo do que se deslocar tantos kilometros até seu país de destino. Aliás, no Brasil, quem foge do país é político, traficantes ficam por aqui mesmo numa boa.

Supondo que você queira fugir do país, o mais longe que você vai poder ir é na Argentina mesmo, porque para cruzar o oceano e chegar ao continente, você precisa de um plano de fuga armado muitos meses antes, vocês sabem como é esse negócio de visto.

Estando lá e legamente durante um tempo, tudo que você tem que fazer é achar uma mulher e casar com ela. Não sei se tem o equivalente a Las Vegas na Europa, mas se achar um daqueles lugares de casamento drive-thru será perfeito. Após conseguir seu equivalente europeu ao green card, você pode escolher ficar com a moça e esquecer sua vida passada de assassinatos besteiras que você acabou cometendo, ou pode mata-lá se separar dela e tocar sua vida nesse novo mundo cheio de alegria.

No caso de isso não dar certo e você ser deportado no meio do caminho, é possivel que a polícia esteja te esperando na porta do avião, caso contrário você ainda pode tentar fugir de carro para o Paraguai e quem sabe para a Argentina. Nesse caso, faça a mesma coisa que você faria na europa e se estabeleça lá, te garanto que te deportarem não vão, mas para comprar algumas coisas pode ser mais complicado. Pelo menos no Paraguai, chegue com uns doláres lá que você pode comprar uma casa na lata, literalmente. Basta conhecer as pessoas certas.



"Senhores passageiros, estamos voltando ao Brasil por conta de problemas técnicos."