Sim, não era possivel definir o que aquele salgadinho era antes, era apenas um saco transparente contendo a tal farofa amarela que ele virava para cair em sua boca e depois voltava, não é algo legal de se ver, mas todos precisam comer. O montante de gente parecia não se importar, ouvindo seus ipods nano e mp3 players e eu também não queria me fazer de intrometido na vida alheia.
Após alguns minutos após acabar com aquele saco, ele puxa outro de uma sacola, só que fechado. O cidadão tentou abrir a embalagem com força, tentou com os dentes e usou a força de novo, só que dessa vez o saco abriu. Não sei quanta pressão existia contida naquela embalagem, mas o vento com certeza ajudou a levar os farelos aos cabelos e roupas de todos que ali esperavam.
Quem estava mais na frente não fazia ideia do que tinha ocorrido e quem estava mais atrás nada podia fazer se não tentar se limpar, porém o pobre homem, ainda mais sujo de farelos, parecia triste. Cabisbaixo fez a unica coisa que lhe fazia sentido, recolher o pouco de farelo em suas mãos e mandar pra dentro.
O ônibus chega e todos rumam a porta de embarque, menos o homem que foi embora, deixando uma trilha de farelos enquanto andava. Moral da história, não use força para abrir embalagens de salgadinhos, é melhor para você e para todos em um raio de 1 metro.
