Estamos novamente com um video comentado de jogos. Para quem joga e para quem não joga:
8 de julho de 2011
7 de julho de 2011
Um Anônimo 2
- Alto lá - disse o guarda dos portões da cidade de Tartus - A cidade está interditada.
- Mas é o único caminho disponível, Guardião.
- Não posso permitir transeuntes.
- Por qual razão? Até parece que a cidade está sem rei.
- Temos um Rei, é claro, do contrário eu não estaria aqui.
- Perdão, eu vim de Solima e o Imperador está morto. Era uma piada.
- Não achei graça.
- Preciso passar pela cidade... Por quê você não fica com meu cavalo Britano?
- Não tente me enganar forasteiro, entendo de cavalos e esse é um cavalo de Corã. Posso ver pela coloração marrom.
- Que besteira minha tentar enganar um Guardião. Ainda assim, é um bom cavalo não?
- De fato. Bem, se deixa-lo comigo, você pode entrar na cidade.
- Era só o que eu precisava escutar.
O homem tirou seus pertences do cavalo, deixando apenas as rédeas e o entregou para o Guardião. Ele agradeceu e tentou subir no cavalo, mas a armadura limitava seus movimentos e parecia ser ligeiramente menor do que o tamanho de seu usuário, que acabou por permanecer aonde estava, segurando o cavalo, um pouco constrangido. Depois disso o homem seguiu para dentro do portal da cidade, feito de pedra e argamassa, como toda sua murada. Passeou pelas ruas arenosas, desviando de corpos que jaziam no chão das ruas, entrou em casas que haviam pegado fogo, sobrando apenas a vaga lembrança da estrutura de madeira escura e o cheiro de cinzas jogado pelo vento. Dentro delas não tinha muito, certamente foram saqueadas, provavelmente antes do fogo.
Juntou um punhado de cinzas e guardou em um pote de vidro pequeno e achatado que trouxera em sua sacola. Se sentia mal pela cidade, sentia o coração pesar em uma parcela de culpa. Adentrou mais na cidade até achar o que deveria ser o centro, viu um grupo de homens, enchendo um carro puxado por dois cavalos com pertences de casas que não foram consumidas pelo fogo. Se aproximou dos saqueadores e perguntou o que faziam, todos olharam da onde veio a voz, mas não esboçaram reação até que um deles puxou uma espada e disse:
- Isso aqui já é nosso, vá procurar o seu quinhão.
- A quanto tempo essa cidade foi destruída?
- Devem fazer uns 8 dias, mas as notícias correm depressa, pelo visto.
- O Rei de Tartus estava morto há mais tempo. O que você ouviu falar?
- Isso não lhe interessa.
O saqueador avançou para uma estocada com sua espada, mas o homem desviou e pegou-o pelo braço, fazendo-lhe uma torção e colocando-o de joelhos em uma fração de segundo. Ordenou para o saqueador largar a espada, mas ao invés disso ele procurou algo no cordão da calça. O homem viu algo prateado e largou o braço do saqueador, colocando rapidamente suas mãos ao redor de sua cabeça e à torcendo para trás com um barulho grotesco, vindo dos ossos e das cordas vocais do ladrão.
Os outros ficaram aterrorizados com a cena, colocaram os pertences que estavam em suas mãos no carro e partiram dali. O homem desconhecido retornou pelo mesmo caminho de onde viera. Cruzou o portal novamente e lá estava o Guardião, suando e com uma fúria evidente. Ele estava tentando tirar a armadura, sem sucesso.
- Qual o problema Guardião? Não consegue tirar a armadura?
- Por que você está de volta?
- Encontrei com seus amigos saqueadores. Acho que foi estupidez te deixar de guarda, logo que as pessoas entrassem na cidade, elas veriam que não restou nada e voltariam para reclamar seus pertences. Mas deve ter sido só para se livrar de você mesmo, já que eles foram embora.
- Mas o quê? Merda... Como sou idiota. Mas você caiu! Deixou seu cavalo aqui!
- Guardiões têm suas armaduras feitas especialmente para eles. Você está um pouco mais gordo do que o homem que roubou e sem ajuda, nunca conseguiria tirar isso, achei que era o poste perfeito para deixar meu cavalo enquanto reconhecia o terreno.
O falso Guardião não tinha mais palavras na boca, mas seus olhos se enchiam de fúria. Disparou sobre aquele homem, que chutou seu peito quando chegou perto o suficiente, caindo de costas. Se virou de lado para se levantar, mas o homem pisou em suas costas o impedindo de completar sua vontade.
- Você deve ter ouvido histórias do que aconteceu por aqui. Se me contar o que ouviu, pouparei sua vida.
- Vá à merda!
O homem tirou seu pé da armadura do salafrário e se dirigiu para seu cavalo, colocando suas coisas de volta e montando nele enquanto o outro se levantava e recuperava o fôlego do esforço. Se virando para o falso Guardião disse:
- Sabe, você não vai conseguir tirar essa armadura sozinho e sem um meio de transporte, morrerá de sede por aqui.
O falso Guardião avançou para o cavalo com os punhos cerrados, mas o homem montado deu algumas voltas nele, demonstrando grande controle do animal, ao mesmo tempo que desviava de suas investidas que não teriam agilidade sem armadura, muito menos com uma. Depois de praguejar e dançar tentando alcançar o cavalo e seu dono, caiu no chão pelo cansaço. O homem montado também desistiu da informação, mas disse uma última coisa para o homem de armadura: "Aliás, esse cavalo é Britano". Assim, começou a cavalgar de volta à cidade, indo em direção à Nicosa, aonde outro Imperador havia morrido, mas com menos esperanças de acha-la próspera.
1 de julho de 2011
Um Anônimo
- Ele iniciou sua campanha por Borgia, assassinando o Escorpião Rei.
- Escorpião Rei estava em Borgia? Ele pertence as terras áridas, não à floresta de pedra.
- Sim, meu senhor, mas o Assassino é astuto, espera o momento em que sua vítima está mais despreparada e ataca.
- Eu estava preocupado, mas suas histórias me alarmaram ainda mais.
- Não é preciso alarme, meu senhor, você me contratou para protege-lo e é isso que continuarei fazendo.
- Você está me custando muito, mas se for necessário para proteger minha vida, gastarei o que for preciso.
O Imperador terminou a conversa tomando um último gole do vinho. Gordo e lento, se levantou com esforço e se dirigiu à janela para contemplar as estrelas no céu. Com seu cálice em mãos, disse:
- Você me disse que ele foi visto pela última vez na Babilônia... Que os deuses o impeçam de se associar com os assírios, mas pelo menos ele está longe daqui. Me pergunto como ele se movimenta tão rápido.
- Dizem que ele roubou cavalos Britanos. Acredito que seja verdade, porque sempre que eu o seguia, estava à 2 passos atrás dele e meu cavalo não é ruim, foi criado nos pastos de Corã, na Tucasca.
- Já fiz algumas negociações com eles, bons cavalos realmente. Eu só queria saber o porquê desse homem estar matando os reis das Terras Secas. Eu entenderia se fosse pelo poder, mas tudo que ele faz depois de matar os pobres coitados, é saquear seus bens. Para um ladrão, ele está botando muito esforço em sua conquista.
- Mas não é só matar e saquear, meu senhor, ele está deixando o controle na mão do povo. Nenhum outro rei subiu ao trono, principalmente porque não haviam herdeiros para toma-lo.
- Sim, você me disse que era por isso que acredita que eu serei o próximo.
- Por isso e por você ser o ultimo desgraçado que restou.
Quando a reação chegou ao cérebro, já era tarde demais. Tudo que ele pode pensar foi na dor que sentiu quando a lâmina fria atravessou sua nuca enquanto uma mão cobria sua boca. Nenhum ruído alto foi feito, o assassino retirou a faca e colocou o Imperador de Solima deitado no chão, esfaqueando seu coração 3 vezes, como manda o Ato. Limpou a lâmina em um pano que trouxera e a escondera novamente em sua bainha, junto com o pano em um bolso por dentro da calça.
Saiu pela porta, avisando ao guarda de prontidão que Seu Imperador não deveria ser incomodado pelo resto da noite. Já no estábulo, achou seu belo cavalo Britano de pêlos marrons e deixou a morada do Imperador a galope, enquanto abria seu alforje para pegar alguns papéis retangulares, que começou a espalhar pela cidade enquanto ia embora dela. No papel, havia os dizeres: "Está cidade agora é sua e de todos vocês, para o bem ou para o mal"
25 de junho de 2011
Comentários sobre Assassin's Creed 2 (Um Jogo)
Eu gosto de jogos e decidi testar uma coisa "nova" no quesito análise de jogos.
Só queria deixar registrado que isso deu um trabalho desgraçado.
Só queria deixar registrado que isso deu um trabalho desgraçado.
27 de maio de 2011
Só vou deixar isso aqui.
É dia 4 de Novembro de 2008, estou fazendo uma matéria sobre uma eleição durante algumas horas. Noto que estou chegando perto das quatro da manhã quando de súbito surge uma vontade de ir até a cozinha pegar alguma coisa. Aparece em minha mente uma fraca memória aonde eu vou até a cozinha pegar algo e lá recordo-me que eu já sabia que eu iria me dirigir à cozinha para pegar algo, assim me veio a mente que eu já sabia que eu iria à cozinha me lembrando que eu iria para a cozinha pegar algo. Não foi uma tomada de decisão, eu podia ver que eu já tinha feito isso, ou melhor que eu iria fazer. Uma visão do futuro que se instalou em alguma parte da minha memória a qual eu não tinha dado importância até esse momento.
O que eu farei agora? O que eu iria pegar na cozinha? Só sei que me lembro que eu já sabia que eu iria na cozinha pensando que eu já sabia que iria à cozinha. Mas e se minha memória do futuro estiver errada? Quer dizer que não é uma memória do futuro como eu claramente a vejo? Ou só por ver o futuro eu já o mudei? Quer dizer que isso criaria automaticamente uma dimensão alternativa? Ou essas dimensões já estavam lá, quando eu vi o futuro? Ou elas precisam ser criadas e por isso eu vi o futuro? Terei meu destino traçado então? E se eu decidir não ir? Eu estarei mudando o futuro e com isso impedindo que algum presidente tome seu lugar por direito no poder? Em qual dimensão isso aconteceria? Na minha ou em outra? Sabe o que mais? Eu vou até lá.
E fui. Andei até a cozinha decidido a resolver esse mistério, apertei o interruptor, a luz se acendeu, lembrei que eu tinha lembrado que essa cena iria acontecer, sabia que eu iria pegar alguma coisa na cozinha, mas não sabia o quê. Tomei um copo d'água, desliguei a luz e voltei para o meu trabalho. Espero que eu não tenha arruinado a vida de ninguém com isso.
O que eu farei agora? O que eu iria pegar na cozinha? Só sei que me lembro que eu já sabia que eu iria na cozinha pensando que eu já sabia que iria à cozinha. Mas e se minha memória do futuro estiver errada? Quer dizer que não é uma memória do futuro como eu claramente a vejo? Ou só por ver o futuro eu já o mudei? Quer dizer que isso criaria automaticamente uma dimensão alternativa? Ou essas dimensões já estavam lá, quando eu vi o futuro? Ou elas precisam ser criadas e por isso eu vi o futuro? Terei meu destino traçado então? E se eu decidir não ir? Eu estarei mudando o futuro e com isso impedindo que algum presidente tome seu lugar por direito no poder? Em qual dimensão isso aconteceria? Na minha ou em outra? Sabe o que mais? Eu vou até lá.
E fui. Andei até a cozinha decidido a resolver esse mistério, apertei o interruptor, a luz se acendeu, lembrei que eu tinha lembrado que essa cena iria acontecer, sabia que eu iria pegar alguma coisa na cozinha, mas não sabia o quê. Tomei um copo d'água, desliguei a luz e voltei para o meu trabalho. Espero que eu não tenha arruinado a vida de ninguém com isso.
14 de fevereiro de 2011
Eu acredito
Meu caros leitores, tendo eu vista eu organizar meus horários para encaixar outros projetos e outras coisas que quero fazer, deixarei um pouco de lado o blog e seus posts. Sei que pode ser difícil de aceitar e muitos me chamarão de vagabundo, mas será necessário, pelo menos por um tempo. Garanto que vocês não estarão perdendo nada, eu só estaria escrevendo textos chatos nesse meio tempo, isso quando postasse.
Mas antes de terminar, uma frase do Harvey Dent para vocês: "A noite é mais escura logo antes do amanhecer."
Mas antes de terminar, uma frase do Harvey Dent para vocês: "A noite é mais escura logo antes do amanhecer."
31 de janeiro de 2011
De Volta à Roda
É engraçado que eu já falei muito sobre aproveitar as férias e como aproveitar as férias, mesmo que eu só tenha falado besteira. Mas agora que as pessoas começam à voltar para suas rotinas diárias, cria-se outro problema, que ninguém pará para pensar. No quê? Na vida. E aqui começamos mais um dos meus textos de como te ensinar a viver, como se eu soubesse alguma coisa, mas continuemos.
Nos tempos de colégio, durante um dia da semana algumas turmas saíam mais cedo que outras e eu saía mais cedo que a turma da namoradinha na época, então eu ficava à esperando. Como eu tinha que esperar uma aula inteira de 50 minutos, tudo que eu tinha para fazer é conversar com os amigos idiotas que acabavam indo embora ou fazer a lição de casa.
Aí eu tinha um tempo livre, na realidade eu tinha um monte de tempo livre, mas só fui notar o que é isso quando não tinha mais nada para fazer. Ali eu vi o que significava rotina, se ao invés de esperar alguém eu tivesse ido para casa assistir TV ou fazer outra coisa só porque eu vinha fazendo isso todo dia, eu nem notaria quanto tempo eu tinha. E nem notava.
Bem, já que tudo o que eu podia fazer depois que os amigos iam embora era fazer algo que eu não gostava, que era a lição de casa, eu tinha que criar algo para fazer e ao invés de jogar um rolo de papel higiênico na privada, eu usei minha energia para algo mais construtivo e ficava escrevendo. Talvez escrever não seja a coisa mais construtiva que você pode fazer da sua vida, mas a ideia é essa.
Se você parar por alguns minutos sua rotina diária para pensar no quê de construtivo você pode fazer por você mesmo, talvez você possa fazer um melhor uso do seu dia. Isso é criar tempo. Com isso eu achei algo para me ocupar, mas mais do que isso, eu estava fazendo algo que eu nunca faria se continuasse na minha rotina. Algo que poderia me ajudar mais tarde.
Uma pessoa que trabalha de manhã e faz faculdade de noite porquê quer algo melhor, já está usufruindo do tempo livre que ela tinha em algo produtivo, o problema é se perder no meio do caminho e esquecer o porquê de você estar ali e esse é um dos efeitos da rotina incansável.
Mas vale a pena parar um pouco e pensar no que você anda fazendo, porque não existe nada pior do que viver um dia igual ao outro e não distinguir o que foi ontem e o que foi hoje.
Nos tempos de colégio, durante um dia da semana algumas turmas saíam mais cedo que outras e eu saía mais cedo que a turma da namoradinha na época, então eu ficava à esperando. Como eu tinha que esperar uma aula inteira de 50 minutos, tudo que eu tinha para fazer é conversar com os amigos idiotas que acabavam indo embora ou fazer a lição de casa.
Aí eu tinha um tempo livre, na realidade eu tinha um monte de tempo livre, mas só fui notar o que é isso quando não tinha mais nada para fazer. Ali eu vi o que significava rotina, se ao invés de esperar alguém eu tivesse ido para casa assistir TV ou fazer outra coisa só porque eu vinha fazendo isso todo dia, eu nem notaria quanto tempo eu tinha. E nem notava.
Bem, já que tudo o que eu podia fazer depois que os amigos iam embora era fazer algo que eu não gostava, que era a lição de casa, eu tinha que criar algo para fazer e ao invés de jogar um rolo de papel higiênico na privada, eu usei minha energia para algo mais construtivo e ficava escrevendo. Talvez escrever não seja a coisa mais construtiva que você pode fazer da sua vida, mas a ideia é essa.
Se você parar por alguns minutos sua rotina diária para pensar no quê de construtivo você pode fazer por você mesmo, talvez você possa fazer um melhor uso do seu dia. Isso é criar tempo. Com isso eu achei algo para me ocupar, mas mais do que isso, eu estava fazendo algo que eu nunca faria se continuasse na minha rotina. Algo que poderia me ajudar mais tarde.
Uma pessoa que trabalha de manhã e faz faculdade de noite porquê quer algo melhor, já está usufruindo do tempo livre que ela tinha em algo produtivo, o problema é se perder no meio do caminho e esquecer o porquê de você estar ali e esse é um dos efeitos da rotina incansável.
Mas vale a pena parar um pouco e pensar no que você anda fazendo, porque não existe nada pior do que viver um dia igual ao outro e não distinguir o que foi ontem e o que foi hoje.
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