26 de outubro de 2010

Dentistas

Qual foi a ultima vez que você foi ao dentista? Hoje em dia as pessoas ainda vão mais ao dentista do que antigamente, mas de um jeito ou de outro, é um situação desconfortável Principalmente se o seu dentista for do tipo minerador, que só falta a picareta para fazer mais estrago. 

Ao se fazer um tratamento ortodontológico, que consiste em colocar seus dentes no lugar certo, as idas ao dentista são muito mais frequentes, nem por isso é fácil de se acostumar, ainda mais porque geralmente seus dentes vão doer por alguns dias após a visita, o que deixa tudo mais traumático.



Mas nessa nossa sociedade de aparências, é fundamental ter bons dentes, além do que, é até melhor para sua própria saúde bucal. Mas eu quero falar de aparências, se você não tiver dentes brancos, você não pode ser ator da malhação, ou você tem que fazer branqueamento enquanto está fazendo a novela, se não, não pega mais contrato. 

Mas as vezes, depois de muita bala de caramelo, rapadura, maria mole e 3 dias bêbado sem escovar os dentes, se forma uma cárie e você só vai saber dela quando tiver um desses na boca:



E aí você vai ter que tomar drogas injetáveis, limpar as bordas do que sobrou do seu dente e tampar tudo com uma massa. Antigamente era metal, muito mais maneiro, mas acredito que era por essa tecnologia antiquada que muito marmanjo tem medo de ir no dentista até hoje. Aliás, hoje em dia os dentistas também podem botar um dente de ouro no seu dente só porque você quer, afinal, pagando você pode fazer tudo.

Mas é irremediável, uma hora ou outra você vai ter que ir no cara de branco com sorriso branco para ver como é que está seu estado dental. Bem, pelo menos vá no dentista todo ano, porque eu sei que no médico você só vai quando está morrendo.


Amigo, apenas não se mexa.

19 de outubro de 2010

O Último Adeus de Gregory House

House foi uma série boa, boa enquanto durou, uma série que abriu um novo ramo de séries, séries aonde temos um personagem principal desbocado que resolve algum problema (The Mentalist, Eleventh Hour). House se encontra no começo da sétima temporada e embora eu vá continuar assistindo enquanto durar, acho que é preciso que alguém encerre esse martírio de alguma forma, mostrando o porquê a série não fazer mais sentido agora e tudo que sobrou foi um bom ator.

O Doutor House foi um personagem criado com a referência do grande e mundialmente conhecido Sherlock Holmes. Holmes tem som de "Homes" ou seja "casas" dando origem ao nome do senhor House, isso só se confirma pelo fato de seu apartamento ser o de número 221B, o mesmo do senhor Holmes.

Simpatizamos com o House porque ele fala o que a maioria de nos não fala por medo ou pelo bom convívio social, é um anti-herói, com uma ferida física (sua perna) que reflete todas as suas falhas emocionais. Diziam que ele falava demais mesmo antes de ter o infarto no músculo da perna, mas o personagem faz muito mais sentido com a perna machucada, tomando altas doses de calmante (vicodin) e sendo o misantropo que é.

Tudo isso envolvido no "mistério" do porquê ele ser tão mal humorado e sarcástico, o que acabamos descobrindo sutilmente serem defesas dele. O que o House tem mais medo é de mudar seu jeito e perder o dom dele de diagnosticar doenças, a única coisa que o faz ser especial. E saber disso só deixa o personagem mais interessante.

Na questão da história, os roteiristas se preocupam em pegar doenças raras com sintomas bizarros, beleza, mas além dessas doenças todas, em todos os episódios excelentes tem algo mais. É um tema polêmico, ou uma situação de vida ou morte envolvendo fatores que deixa a coisa mais difícil, como transplantes entre amantes, só que um deles não quer mais nada com o outro e depois do transplante ele não vai poder se separar porque vai estar devendo um rim pra outra e por aí vai. Temas como a eutanásia, ou religião contra ciência são só alguns dos mais interessantes ao longo das 3 primeiras temporadas (as boas temporadas que valem a pena).

Mas como toda a série, os roteiristas acharam por bem mover o personagem, ou ficaria uma mesma coisa por 4 temporadas seguidas e acredito que foi o único jeito de continuar com a série, e tenho que reconhecer isso, mas para mim ela já acabou no primeiro episódio da quarta temporada.

Tudo bem, mudaram a equipe e tudo, só que a coisa começou a ficar feia de verdade quando o House parou com as drogas. Tudo bem que o cara estava chapadasso, com alucinação da namorada do amigo e tal, mas botar ele em uma clínica de reabilitação foi sacanagem.


Nem tudo estava mal, tinha alguns episódios esporádicos bons, e todo fim e começo de temporada eram memoráveis. Seguindo esse padrão, quando eu vi o primeiro episódio da sétima e atual temporada (nos EUA) e achei ruim, notei que algo estava errado, muito errado.

O grande problema dessa sétima temporada é o relacionamento que o Doutor Casa se meteu, tudo que eu falei no começo de ser um personagem construído baseado no Sherlock Holmes, de ter os medos e problemas dele, praticamente não fazem mais sentido agora que além de ter largado as drogas, está se envolvendo com uma mulher que não é uma prostituta.

O sarcasmo e as brincadeiras adolescentes ainda estão lá, mas não é legal ver tudo isso sendo feito por um cara bem de vida que está comendo uma gostosa. Aliás, o House está resolvendo as coisas como um adulto agora, até a parte de adolescente maluco está se perdendo. O que resta? Só mesmo o ator, Hugh Laurie que continua fazendo um bom trabalho.

Para encerrar esse tratado, já que eu não pretendo mais mencionar a palavra House nesse blog, um conselho aos roteiristas, parem enquanto é tempo. Sério, já mudaram a equipe umas 3 vezes, e estão transformando o House no Shepherd do Greys Anatomy.

No mais, a série foi boa enquanto durou, quem sabe ainda dê tempo, mas esse post foi minha pá de terra nesse assunto, até porquê a maioria de vocês nunca viu e talvez nunca verão a série, principlamente se for para ver na TV aberta, porque House dublado não é House. Para quem não viu e quem está vendo, dêem uma chance pro Casa, pelos velhos tempos, porque os velhos tempos valeram.

12 de outubro de 2010

Dead Man's Switch

Acho impressionante o que a internet tem-se tornado, com todas essas redes sociais cheias de falta de cultura e novos ensinamentos. Tudo vai bem com seu twitter, seu orkut e seu facebook, aí você morre.

Fatalidades podem acontecer a qualquer momento e embora a maioria das pessoas não goste de pensar na morte como algo que não pode ser controlado, não pode, principalmente se você vive no Rio de Janeiro Brasil e não na Suíça, aonde tem muito chocolate e você pode andar com sacolas de ouro na rua que está tudo bem. Melhor ainda se forem sacolas de ouro com chocolate suíço, que lá é apenas chocolate.

O meu ponto é, você morre e suas contas ficam lá abandonadas. Como os serviços são grátis, suas informações ficam armazenadas "para sempre" em seus bancos de dados e pode ser alvo até de comunidades como Profiles de Gente Morta, onde pessoas sem auto-estima e necrófilos podem comentar sobre as mortes de outras pessoas.

Então, a não ser que você deixe suas senhas expostas para familiares ou amigos que possam apagar suas contas ou escrever algo legal nelas como K.I.A (Killed In Action/Morreu em ação), você vai ter que deixar as contas à deriva, certo? Na verdade não.

Existe um site chamado Dead Man's Switch, site bem simples em que se você deixar de confirmar que está vivo em 3 e-mails ao longo de 1 mês, o site envia os e-mails pré-programados na sua conta para quem você desejar. Parece uma merda depender dos vivos, mas pelo menos é de graça e até por isso eles não podem garantir nada, mas parece gente decente que vai dar seu melhor.

Até agora o site não teve nenhuma casualidade, o que aponta que quem se preparou para o fim, são pessoas que não morreram prematuramente e que não tinham muito a esconder, porém/contudo/no entanto, acredito que com o envelhecimento de todos nos que pegamos a onda da internet, vamos achar esse tipo de serviço muito útil no futuro em que esses sistemas vão estar melhores e onde gostaríamos de avisar que estamos fora de combate (ou não) para as pessoas, só porque é legal e não porque você é famoso nem nada, mas ainda pode ser rico.


Não, pai! Minha senha do orkut nãããoo!

4 de outubro de 2010

Clube da Luta

A algum tempo eu fiz uma análise filosófica sobre o filme Clube da Luta, que se você não assistiu, deve assistir e talvez minha análise te inspire a dar uma olhada nele (ou grande não, aqui) sem spoilers:

Vemos no filme que tudo vai muito além do Clube da Luta, um lugar para extravasar as angústias da vida moderna consumista. Temos um retrato da sociedade atual, onde muitos dos frequentadores do Clube usavam ternos, os chamados “escravos de colarinho” como o próprio protagonista é, que não chegou aonde chegou, em certo ponto do filme, apenas por conta de seu trabalho entediante, mas por muito medo de sair do estado confortável em que estava e que todos estamos de alguma forma.

Por conta do medo ou como também chamamos de “preguiça”, nos não mudamos o nosso modo de vida, não importando o quão entediante ou ruim seja nosso trabalho, precisamos continuar naquilo para comprar o que quisermos e manter um padrão de vida, mesmo não sabendo o porquê de querermos, só sabemos que é bom, ou achamos que é bom.

Nosso protagonista então conhece Tyler Durden, um cara que todos nós gostaríamos de ser (não quero dizer o Brad Pitt) alguém desligado de todos os dogmas da sociedade que realmente não se importa com nada. Além do ator ser realmente o Brad Pitt, o que facilita as coisas para ele no strip club também.

Pode ter cara de spoiler mas só vai fazer sentido realmente no final, onde nosso protagonista sem nome conseguiu o que muitos não conseguem, se tornar exatamente o que quer.


"Primeira regra do Clube da luta, não se fala sobre o Clube da Luta"

26 de setembro de 2010

Port Forwarding

Existem poucas coisas no universo tão difíceis e incompreensíveis quanto portas de IP. Se você já usou um Emule, já pode ter passado por esse problema que pode afligir qualquer pessoa a qualquer instante.

Geralmente o computador faz uma troca de informações com sites e etcs de forma segura usando o firewall para impedir ataques diretos e bloqueando algumas portas para a entrada de informações e outras para a saída de informações. Se você desativar o seu firewall, você pode resolver o problema do seu torrent não funcionar, mas às vezes, seu modem guarda segredos ainda mais obscuros.

Eu comecei a conhece-los quando queria jogar com meus amigos online. Hoje em dia várias empresas como a Terra e a Uol oferecem servidores para os mais diversos jogos de tiro gratuitamente, mas às vezes você quer fazer um servidor só seu para por senha e jogar competitivamente com seus amigoles como nos velhos tempos de Lan House, mas graças a maioria dos modens e as empresas de jogos, nem sempre isso é possível.

Das duas, muitas vezes as duas, suas portas de comunicação com o mundo estão bloqueadas e ninguém vai conseguir entrar no seu servidor, ou seus torrents nunca vão sair do 0.0% ou o jogo é uma merda/seu torrent está mal configurado. O primeiro passo para tentar resolver essas coisas configurar seu programa direito, as vezes nem precisa ir tão fundo e fazer uma cagada tão grande que você não consiga mais abrir a internet.

Se mesmo assim, não funcionar você pode tentar abrir suas portas para o mundo, aqui vale uma exaustiva busca no google sobre como abrir as portas do seu modem e quais portas abrir para seu jogo/programa de torrent específico. Geralmente quando você chega em redirecionamento de portas, você já está muito puto por não fazer a merda dar certo e quer mandar tudo pro inferno.

Eu recomendo desistir nesse estágio, porque nunca vi uma pessoa que já chegou nesse nivel conseguir consertar o problema e conservar sua sanidade ajuda a pensar melhor e quem sabe um dia você ache a resposta para seu problema. Até porque talvez o problema não esteja ali, às vezes você só esqueceu da porcaria do firewall do windows aberto.


13 de setembro de 2010

Filmes que gostamos

O que faz alguém gostar de um filme? Em um filme de terror, uma pessoa pode gostar de tomar sustos, até tolerar um sangue aqui ou ali, mas não gostar de mortes violentas, mas mesmo assim gosta do gênero terror.

Uma pessoa pode perfeitamente não gostar de um filme de comédia ou de ação, que são gêneros bem famosos. Quem não gosta de comédias, às vezes diz que é por causa da forçação de humor que eles fazem. Todo Mundo em Pânico se superou nesse quesito, mas tem gente que acha que é essa forçação que deixa a coisa divertida com todas as cenas nonsense. No gênero da ação, podemos ver a mesma coisa, a pessoa não gosta da violência ou das explosões ou às vezes da falta de um bom enredo.

Com tantos filmes, nem todos tem um enredo ruim, nem forçação de humor, ou mortes violentas. Por isso existem os subgêneros e os gêneros misturados, talvez por esse motivo, sempre valha a pena ver um filme, talvez você possa se surpreender. Mas o que faz eu e você gostarmos ou não de certos filmes são o que eu vou chamar de pormenores, que às vezes se juntam e você concluí que o filme é completamente dispensável (ou uma merda).

Vamos ver Matrix por exemplo, eu achei a história ótima e os efeitos foram demais, assim como as cenas de luta. Se os efeitos tivessem sido ruins, mas eu tivesse achado a história foda, provavelmente eu iria continuar gostando do filme, porque nada do que foi ruim me incomodou. Mas outras pessoas podem pensar exatamente o contrário, a história foi fraca e isso a incomodou tanto que o resto não importa, por mais que o resto esteja bom, ela achou o filme horrível. Isso são pormenores que só você pode dizer se vão fazer diferença ou não.

Críticos de cinema pegam os pormenores e analisam o que foi bem feito e o que não foi, vendo o quão bem esses pormenores se encaixaram, dando sua impressão de forma imparcial. Ou pelo menos deveria ser imparcial. Quando uma pessoa lê uma crítica, ela pode se guiar pelos pormenores que mais agradam a ela para decidir se vai assistir ao filme ou não. O que não é sempre fácil de fazer.

Mas essa é apenas a minha opinião, já que não importa o método, se você gostou, ponto final. Já o filme ser bom, é outra história.


Interprete essa imagem como você achar melhor

6 de setembro de 2010

A Máfia das Auto-Escolas

Sabe-se de longa data que muitas auto-escolas por aí dão a opção de se pagar para ser aprovado no exame final que lhe dará direito a pegar sua licença para dirigir. O que a maioria das pessoas vêem é apenas um "jeitinho brasileiro", mas eu afirmo, isso tudo é uma máfia.

Isso é, sem todos os rituais, a Omerta e muito menos glamurosa, mas acredito que se enquadre bem no conceito de máfia. As primeiras ações mafiosas que se tem notícia vem da Sicília, onde os proto-mafiosos protegiam os fazendeiros em troca de dinheiro. Foi ok no começo, mas o negócio começou a pegar quando ninguém mexia mais com os fazendeiros e os proto-máfias ainda precisavam do dinheiro, então eles chegavam no Sr. Farmer e diziam para ele:
- Bem, melhor pagar a gente, vai que acontece alguma coisa com o senhor.
- NÃO!
- Tem certeza?
- SIM!
Como a máfia é deveras refinada, eles diziam que tudo bem e iam embora. Mas no dia seguinte o Sr. Farmer acorda abraçado com a cabeça de uma de suas vacas e com os pneus da charrete furados. Nas auto-escolas é quase o mesmo conceito, você faz todas as aulas necessárias, vai fazer o teste e o examinador pergunta: "Não quer pagar não? Vai que acontece de você não passar", com a diferença que os pneus da sua charrete não vão ser furados, pode ficar tranquilho.

Aí você escolhe a pílula roxa ou a pílula escarlate. Se escolher a roxa vai desembolsar cerca de R$300 a R$400 segundo minhas pesquisas puramente informativas, mas tem a certeza (ou não) de passar no exame. Se escolher a escarlate vai ter que contar com todas as suas habilidades para não errar em nada, mas dependendo do examinador ainda pode acabar se ferrando e tendo que pagar o exame novamente.

Pode ser que compense pagar, eu acredito que por R$300 eu tiro uma carteira de moto ao invés de ter que desembolsar isso para passar na de carro, mas tem gente que afirma que se não pagar, não passa. De uma forma ou de outra, carro e crime organizado é o que não falta nas ruas de São Paulo.

23 de agosto de 2010

Gravando um filme

Depois de ver tantas copias ruins de Inception/A Origem em qualidade CAM (gravado do cinema) por aí, achei que eu deveria dar alguma contribuição para essas nobres pessoas que devem ter bom coração, já que estão sujeitas a serem presas por gravar um filme do cinema para um monte de pessoas completamente desconhecidas. Mas vocês sabem, essa é a base da internet.

Primeiro de tudo, você deve arranjar uma mochila, já que se você vai levar seu equipamento para dentro de uma sala de cinema, tem que estar tudo bem camuflado. Segundo, você precisará de uma camera no minimo decente, essa é a parte díficil. A maioria das câmeras não filma bem com pouca luz e além do mais, elas tem um espaço limitado e dependendo da qualidade em que você grava, o espaço é insuficiente para todo o filme.

Se você já tem uma boa câmera, já é possivel seguir em frente e comprar um tripé. Pode ser um teste máximo de resistência, mas você vai acabar tremendo e vai acabar disperdiçando ainda mais seu grande espaço de tempo livre. E aliás, não importa que a qualidade da gravação seja boa, chacoalhar a câmera não vai fazer o filme se transformar em 3D.

Munido de um tripé, uma boa câmera e uma mochila para guardar tudo, você já está pronto para empreitar uma gravação no cinema. Basta sentar numa cadeira, armar o tripé, a câmera, enquadrar toda a tela usando os trailers para isso e pronto!

Jogue uma jaqueta por cima de tudo para disfarçar só não cubra a entrada do microfone e escolha seções mais vazias, cadeiras ao fundo ajudam muito a ser menos notado. Ao menor sinal de funcionários, aborte a missão e jogue tudo na mochila, afinal, algumas coisas são muito idiotas para serem explicadas.


Depois dessa imagem, nem sei como as pessoas ainda vão ao cinema

16 de agosto de 2010

Cassino Royale

Se você já viu 007: Cassino Royale, onde Daniel Craig assume a patente de Sean Connery James Bond, sabe que o Cassino Royale é um belo cassino onde tudo acontece. E não foi diferente no navio.

O nome do cassino era Cassino Royale de fato, embora deva ser Cassino Royale a anos, muito antes do filme, mas a única referencia que veio na minha mente foi de James Bond. Isso deixa o lugar mais legal, mas que não tem qualquer intuito de aumentar sua popularidade, já que mesmo que você não entre lá para jogar, você tem que passar por ele para chegar na outra parte do navio. Então, seja criança, idoso ou bebê, todo mundo já deu uma passada no Cassino Royale.

Tinham muitas máquinas caça-níqueis com luzes multi-coloridas, um guichê aonde você trocava seus dólares (no navio, a moeda corrente é apenas o dólar americano, canadense não passa) por fichas, para de lá ir para aonde a ação acontece de verdade, que são as mesas de poker, roleta e blackjack. Eu joguei apenas blackjack, também conhecido como 21, um jogo bem simples que consiste em fazer 21 pontos pela soma das cartas, se você exceder 21 pontos, você perde e a "casa" ganha. Aqui vai uma lição, a "casa" sempre ganha, principalmente quando você acha que sabe jogar.

Seguindo a minha explicação acima, parece muito fácil jogar blackjack, mas não entender quando se deve dobrar uma aposta ou parar faz a diferença. Eu comecei aprendendo que a aposta mínina era de 5 doláres, não tinha muito mais que 20 doláres na carteira então fui com tudo, troquei por 2 fichas.

Sendo que dentro do território brasileiro cassinos e bingos são ilegais, o pessoal não estava muito familiarizado com o jogo, apenas os que estavam de bonés e óculos escuros sabiam de todas as manhãs, mas os carteadores eram muito solícitos e ofereciam alguma ajuda, como fazer um tal de seguro para você não se ferrar demais em certas jogadas, mas foi uma bela experiência de vida.

No final das contas, saí com o dinheiro que eu entrei, ganhei o que eu perdi e achei melhor parar por ali. Tem também as máquinas caça-níqueis, mas além de só perder nelas, não tem a mesma emoção de estar em uma mesa, vendo seu dinheiro em fichas sumir ou aumentar, isso sim não tem preço. Na verdade tem, como eu disse, a aposta mínina é 5 doláres.

9 de agosto de 2010

Água, alimento e Grylls

A algum tempo eu fiz uma viajem de navio pela costa brasileira, além de todos os inconvenientes de não ter para onde fugir em caso de dar merda, muitas outras coisas acontecem em alto mar.

Acredito que de todas as refeições que estavam incluídas na viajem, a mais desafiante era o café da manhã. Veja bem, quando você sai de navio por aí, você com certeza está de férias e estando de férias, a possibilidade de acordar um pouco mais tarde costuma animar o pessoal e por consequencia, se você não tomar café muito cedo, você presenciará o caos.

A corrida por mesas disponíveis só não se equipara a corrida por mini-caixas de cereais que rapidamente somem da mesa de Self-Service do local. A variedade do cardápio varia desde uma comida mais saudável com laticínios e vegetais, até panquecas com mel por cima que te dava energia para nadar 12 vezes em volta do navio e ainda voltar para o almoço.

As xícaras e copos limpos eram repostos segundos antes de não terem mais xícaras ou copos, já que se alguém fosse repetir, geralmente só levava o prato, os copos e/ou xícaras eram habilmente retirados pelos garçons navegadores trajados com roupas coloridas[carece fontes] e aí lavados na água quente e aí repostos. Um sistema que apesar de parecer complicado, funciona bem.

Em geral a água era de graça, ela saia de uma grande máquina de fazer água, bastava empurrar uma alavanca com seu copo e ela saia, já no almoço ofereciam também refrigerantes e cervejas que eram brutalmente cobrados e extorquidos de você por apenas uma lata de 350 ml. Eu levei a lata comigo, já que pelo preço ela deveria valer um bom peso em ouro.

A moral dessa história é uma dica de sobrevivência, já que nos quartos não havia frigobar, apenas baldes de gelo para esfriar as coisas, a técnica para se adquirir água ali era jogar algumas pedras de gelo em sua garrafa reutilizável de plástico e mante-la perto do corpo, para assim o gelo derreter e você poder beber água sem ter que subir 4 andares para isso. Bear Grylls sabe dessa.