3 de dezembro de 2010

The Final Countdown

Fato que não escrevo faz duas semanas, mas de situações tensas estamos cheios. Agora em Dezembro e Janeiro farei o recesso do blog como sempre faço, mas não é somente para mim, mas para vossas pessoas também. Afinal, se existe um tempo para poder se desligar das coisas é seu período de férias.

Para alguns já foi, outros não terão ou será curto. De qualquer maneira esse é o momento de você ir para as montanhas por um tempo e treinar com o senhor Kaio, para ficar bom o bastante para enfrentar o freeza recomeçar com força total.

Então acho que esse é o momento de sair e ler um livro. Ou pelo menos faça algo por você mesmo, decida o que fazer da sua vida. É como o Goku sempre dizia no final dos episódios "o próximo capítulo de Dragon Ball Z será..."


O que você tem feito da sua vida?

22 de novembro de 2010

Pole Dance

Era segunda-feira. Acordei bem naquele dia, com uma disposição que só um composto de inception ocasionaria. Me dirigindo a minha instituição pluridisciplinar de formação dos quadros de profissionais de nível superior (wiki), sempre passo por aquela rua descrita no post anterior, aonde temos figuras bêbadas aparecendo de forma esporádica.

Dessa vez a rua estava vazia, o que me fez olhar o horário e concluir que eu estava cerca de uma hora adiantado. Para matar os 60 minutos, resolvi parar em um daqueles bares e comer alguma coisa, tomar um segundo café da manhã, que deve ser a segunda refeição mais importante do dia. O senhor do boteco foi deveras gente boa, usava bigode, estava um pouco acima do peso e tinha uma caneta na orelha, o que me fez concluir que ele era português. Pedi uma coxinha e um café, achei que era uma boa combinação, e fui conversando com o senhor português do bar.

Às vezes entrava algum pai de família para pedir sua cachaça matinal, o senhor português se virava para falar alguma coisa com ele e cobrar pela bebida. Quanto mais tempo passava, mais entravam esses respeitosos senhores falando de futebol e que seus empregos eram ruins, enquanto meu café se esvaziava.

Do lado de fora, era possível observar um jovem adulto com uma camisa do flamengo cambaleando pela calçada. Concluí que ele estava bêbado. Conclusão só confirmada quando o rapaz começou a se esfregar no poste de ferro. Em uma primeira vista, parecia realmente que ele estava curtindo o poste, mas um olhar atento atestaria claramente que ele estava tentando fazer a chamada Pole Dance, porém sem muito sucesso. Ao ver a cena, o pequeno grupo que tinha se formado no bar começou a assobiar para o pobre rapaz que estava concentrado em sua performance.

Não demorou muito para os carros começarem a buzinar para ele também, basicamente uns gritavam de um lado e os outros buzinavam de outro. O caos ficou completo quando os carros começaram a diminuir para ver o flamenguista dançar e as buzinadas começaram a ser tocadas para alertar o carro da frente a andar.

Nunca antes na história desse país se viu tamanha badalação por uma Pole Dance. O rapaz começou a parar de vez sua dança exótica que já não era muito ágil, mas continuava agarrado no poste com o público querendo mais. Mas meu café acabou. Paguei a conta e fui embora dali.

A última imagem que eu tenho do coitado bêbado é dele desmaiado no chão com sua já suja camisa do flamengo. O resto do dia foi monótono, a empolgação toda foi só no começo do dia e depois disso tudo, comecei a considerar uma mudança de trajeto.


Deve ter sido de grande inspiração para o rapaz

8 de novembro de 2010

Estacas do Caos

Era uma manhã comum, nem tão quente, nem tão fria, todos saindo de casa para seus trabalhos e/ou deveres acadêmicos. Eu mesmo estava indo aos meus deveres acadêmicos como qualquer estudante normal carregando um caderno quase em branco. No meu trajeto, figuras bêbadas às 7 da manhã não são tão raras quanto é de se esperar. Não sei se algum dos 10 bares espremidos em 2 quarteirões tem alguma relevância nessa questão, mas fato é que bêbados aparecem de vez em quando por ali.

Existe um ponto de ônibus bem frequentado pelas pessoas da região desses dois quarteirões, sinalizado com um pedaço de madeira fincado no chão. Em um certo dia eu passava pela rua como de costume quando observei um homem com as roupas rasgadas muito semelhante a um mendigo, um mendigo bêbado para ser mais preciso, erguendo acima de sua cabeça duas estacas de madeira.

Praguejando palavras ininteligíveis e chegando cada vez mais perto do ponto de ônibus sempre cheio, notei que as pessoas estavam se dispersando, formando uma passagem tal qual Maomé abrindo os mares naquele desenho animado da Record. Ainda um pouco longe, consegui enxergar nitidamente a expressão de medo de uma mulher que olhava fixamente para o ser que se aproximava, brandindo com fúria suas estacas embora sem coordenação alguma. Era de fato uma situação de extremo perigo.

A mulher deu 1 passo para o lado logo que o senhor bêbado passou, assim como alguns outros que estavam ali liberando a passagem dele. A única postura que eu tomei diante da situação foi apressar meu passo para pegar o vácuo deixado, o que me deu uma ótima sensação de fuck yeah.

Cerca de 10 passos mais à frente o homem desceu os braços e deixou as madeiras caírem no chão, para logo após ele próprio despencar ali. Eu antecipando o desastre que poderia acontecer e não aconteceu, principalmente quando ele for acordar de ressaca, me aproximei do homem desmaiado e bêbado e peguei as madeiras que repousavam ao seu lado.

As levei junto comigo até achar uma lata de lixo presa à um poste e as depositei lá. E foi assim que eu salvei a vida de unidades de pessoas da região, um marco de coragem, bravura e altruísmo da minha parte. Só espero que ele não tenha acordado enfurecido por terem roubado suas Blades of Chaos enquanto ele dormia.


Olhando para está imagem, ele realmente lembrava o Kratos

26 de outubro de 2010

Dentistas

Qual foi a ultima vez que você foi ao dentista? Hoje em dia as pessoas ainda vão mais ao dentista do que antigamente, mas de um jeito ou de outro, é um situação desconfortável Principalmente se o seu dentista for do tipo minerador, que só falta a picareta para fazer mais estrago. 

Ao se fazer um tratamento ortodontológico, que consiste em colocar seus dentes no lugar certo, as idas ao dentista são muito mais frequentes, nem por isso é fácil de se acostumar, ainda mais porque geralmente seus dentes vão doer por alguns dias após a visita, o que deixa tudo mais traumático.



Mas nessa nossa sociedade de aparências, é fundamental ter bons dentes, além do que, é até melhor para sua própria saúde bucal. Mas eu quero falar de aparências, se você não tiver dentes brancos, você não pode ser ator da malhação, ou você tem que fazer branqueamento enquanto está fazendo a novela, se não, não pega mais contrato. 

Mas as vezes, depois de muita bala de caramelo, rapadura, maria mole e 3 dias bêbado sem escovar os dentes, se forma uma cárie e você só vai saber dela quando tiver um desses na boca:



E aí você vai ter que tomar drogas injetáveis, limpar as bordas do que sobrou do seu dente e tampar tudo com uma massa. Antigamente era metal, muito mais maneiro, mas acredito que era por essa tecnologia antiquada que muito marmanjo tem medo de ir no dentista até hoje. Aliás, hoje em dia os dentistas também podem botar um dente de ouro no seu dente só porque você quer, afinal, pagando você pode fazer tudo.

Mas é irremediável, uma hora ou outra você vai ter que ir no cara de branco com sorriso branco para ver como é que está seu estado dental. Bem, pelo menos vá no dentista todo ano, porque eu sei que no médico você só vai quando está morrendo.


Amigo, apenas não se mexa.

19 de outubro de 2010

O Último Adeus de Gregory House

House foi uma série boa, boa enquanto durou, uma série que abriu um novo ramo de séries, séries aonde temos um personagem principal desbocado que resolve algum problema (The Mentalist, Eleventh Hour). House se encontra no começo da sétima temporada e embora eu vá continuar assistindo enquanto durar, acho que é preciso que alguém encerre esse martírio de alguma forma, mostrando o porquê a série não fazer mais sentido agora e tudo que sobrou foi um bom ator.

O Doutor House foi um personagem criado com a referência do grande e mundialmente conhecido Sherlock Holmes. Holmes tem som de "Homes" ou seja "casas" dando origem ao nome do senhor House, isso só se confirma pelo fato de seu apartamento ser o de número 221B, o mesmo do senhor Holmes.

Simpatizamos com o House porque ele fala o que a maioria de nos não fala por medo ou pelo bom convívio social, é um anti-herói, com uma ferida física (sua perna) que reflete todas as suas falhas emocionais. Diziam que ele falava demais mesmo antes de ter o infarto no músculo da perna, mas o personagem faz muito mais sentido com a perna machucada, tomando altas doses de calmante (vicodin) e sendo o misantropo que é.

Tudo isso envolvido no "mistério" do porquê ele ser tão mal humorado e sarcástico, o que acabamos descobrindo sutilmente serem defesas dele. O que o House tem mais medo é de mudar seu jeito e perder o dom dele de diagnosticar doenças, a única coisa que o faz ser especial. E saber disso só deixa o personagem mais interessante.

Na questão da história, os roteiristas se preocupam em pegar doenças raras com sintomas bizarros, beleza, mas além dessas doenças todas, em todos os episódios excelentes tem algo mais. É um tema polêmico, ou uma situação de vida ou morte envolvendo fatores que deixa a coisa mais difícil, como transplantes entre amantes, só que um deles não quer mais nada com o outro e depois do transplante ele não vai poder se separar porque vai estar devendo um rim pra outra e por aí vai. Temas como a eutanásia, ou religião contra ciência são só alguns dos mais interessantes ao longo das 3 primeiras temporadas (as boas temporadas que valem a pena).

Mas como toda a série, os roteiristas acharam por bem mover o personagem, ou ficaria uma mesma coisa por 4 temporadas seguidas e acredito que foi o único jeito de continuar com a série, e tenho que reconhecer isso, mas para mim ela já acabou no primeiro episódio da quarta temporada.

Tudo bem, mudaram a equipe e tudo, só que a coisa começou a ficar feia de verdade quando o House parou com as drogas. Tudo bem que o cara estava chapadasso, com alucinação da namorada do amigo e tal, mas botar ele em uma clínica de reabilitação foi sacanagem.


Nem tudo estava mal, tinha alguns episódios esporádicos bons, e todo fim e começo de temporada eram memoráveis. Seguindo esse padrão, quando eu vi o primeiro episódio da sétima e atual temporada (nos EUA) e achei ruim, notei que algo estava errado, muito errado.

O grande problema dessa sétima temporada é o relacionamento que o Doutor Casa se meteu, tudo que eu falei no começo de ser um personagem construído baseado no Sherlock Holmes, de ter os medos e problemas dele, praticamente não fazem mais sentido agora que além de ter largado as drogas, está se envolvendo com uma mulher que não é uma prostituta.

O sarcasmo e as brincadeiras adolescentes ainda estão lá, mas não é legal ver tudo isso sendo feito por um cara bem de vida que está comendo uma gostosa. Aliás, o House está resolvendo as coisas como um adulto agora, até a parte de adolescente maluco está se perdendo. O que resta? Só mesmo o ator, Hugh Laurie que continua fazendo um bom trabalho.

Para encerrar esse tratado, já que eu não pretendo mais mencionar a palavra House nesse blog, um conselho aos roteiristas, parem enquanto é tempo. Sério, já mudaram a equipe umas 3 vezes, e estão transformando o House no Shepherd do Greys Anatomy.

No mais, a série foi boa enquanto durou, quem sabe ainda dê tempo, mas esse post foi minha pá de terra nesse assunto, até porquê a maioria de vocês nunca viu e talvez nunca verão a série, principlamente se for para ver na TV aberta, porque House dublado não é House. Para quem não viu e quem está vendo, dêem uma chance pro Casa, pelos velhos tempos, porque os velhos tempos valeram.

12 de outubro de 2010

Dead Man's Switch

Acho impressionante o que a internet tem-se tornado, com todas essas redes sociais cheias de falta de cultura e novos ensinamentos. Tudo vai bem com seu twitter, seu orkut e seu facebook, aí você morre.

Fatalidades podem acontecer a qualquer momento e embora a maioria das pessoas não goste de pensar na morte como algo que não pode ser controlado, não pode, principalmente se você vive no Rio de Janeiro Brasil e não na Suíça, aonde tem muito chocolate e você pode andar com sacolas de ouro na rua que está tudo bem. Melhor ainda se forem sacolas de ouro com chocolate suíço, que lá é apenas chocolate.

O meu ponto é, você morre e suas contas ficam lá abandonadas. Como os serviços são grátis, suas informações ficam armazenadas "para sempre" em seus bancos de dados e pode ser alvo até de comunidades como Profiles de Gente Morta, onde pessoas sem auto-estima e necrófilos podem comentar sobre as mortes de outras pessoas.

Então, a não ser que você deixe suas senhas expostas para familiares ou amigos que possam apagar suas contas ou escrever algo legal nelas como K.I.A (Killed In Action/Morreu em ação), você vai ter que deixar as contas à deriva, certo? Na verdade não.

Existe um site chamado Dead Man's Switch, site bem simples em que se você deixar de confirmar que está vivo em 3 e-mails ao longo de 1 mês, o site envia os e-mails pré-programados na sua conta para quem você desejar. Parece uma merda depender dos vivos, mas pelo menos é de graça e até por isso eles não podem garantir nada, mas parece gente decente que vai dar seu melhor.

Até agora o site não teve nenhuma casualidade, o que aponta que quem se preparou para o fim, são pessoas que não morreram prematuramente e que não tinham muito a esconder, porém/contudo/no entanto, acredito que com o envelhecimento de todos nos que pegamos a onda da internet, vamos achar esse tipo de serviço muito útil no futuro em que esses sistemas vão estar melhores e onde gostaríamos de avisar que estamos fora de combate (ou não) para as pessoas, só porque é legal e não porque você é famoso nem nada, mas ainda pode ser rico.


Não, pai! Minha senha do orkut nãããoo!

4 de outubro de 2010

Clube da Luta

A algum tempo eu fiz uma análise filosófica sobre o filme Clube da Luta, que se você não assistiu, deve assistir e talvez minha análise te inspire a dar uma olhada nele (ou grande não, aqui) sem spoilers:

Vemos no filme que tudo vai muito além do Clube da Luta, um lugar para extravasar as angústias da vida moderna consumista. Temos um retrato da sociedade atual, onde muitos dos frequentadores do Clube usavam ternos, os chamados “escravos de colarinho” como o próprio protagonista é, que não chegou aonde chegou, em certo ponto do filme, apenas por conta de seu trabalho entediante, mas por muito medo de sair do estado confortável em que estava e que todos estamos de alguma forma.

Por conta do medo ou como também chamamos de “preguiça”, nos não mudamos o nosso modo de vida, não importando o quão entediante ou ruim seja nosso trabalho, precisamos continuar naquilo para comprar o que quisermos e manter um padrão de vida, mesmo não sabendo o porquê de querermos, só sabemos que é bom, ou achamos que é bom.

Nosso protagonista então conhece Tyler Durden, um cara que todos nós gostaríamos de ser (não quero dizer o Brad Pitt) alguém desligado de todos os dogmas da sociedade que realmente não se importa com nada. Além do ator ser realmente o Brad Pitt, o que facilita as coisas para ele no strip club também.

Pode ter cara de spoiler mas só vai fazer sentido realmente no final, onde nosso protagonista sem nome conseguiu o que muitos não conseguem, se tornar exatamente o que quer.


"Primeira regra do Clube da luta, não se fala sobre o Clube da Luta"

26 de setembro de 2010

Port Forwarding

Existem poucas coisas no universo tão difíceis e incompreensíveis quanto portas de IP. Se você já usou um Emule, já pode ter passado por esse problema que pode afligir qualquer pessoa a qualquer instante.

Geralmente o computador faz uma troca de informações com sites e etcs de forma segura usando o firewall para impedir ataques diretos e bloqueando algumas portas para a entrada de informações e outras para a saída de informações. Se você desativar o seu firewall, você pode resolver o problema do seu torrent não funcionar, mas às vezes, seu modem guarda segredos ainda mais obscuros.

Eu comecei a conhece-los quando queria jogar com meus amigos online. Hoje em dia várias empresas como a Terra e a Uol oferecem servidores para os mais diversos jogos de tiro gratuitamente, mas às vezes você quer fazer um servidor só seu para por senha e jogar competitivamente com seus amigoles como nos velhos tempos de Lan House, mas graças a maioria dos modens e as empresas de jogos, nem sempre isso é possível.

Das duas, muitas vezes as duas, suas portas de comunicação com o mundo estão bloqueadas e ninguém vai conseguir entrar no seu servidor, ou seus torrents nunca vão sair do 0.0% ou o jogo é uma merda/seu torrent está mal configurado. O primeiro passo para tentar resolver essas coisas configurar seu programa direito, as vezes nem precisa ir tão fundo e fazer uma cagada tão grande que você não consiga mais abrir a internet.

Se mesmo assim, não funcionar você pode tentar abrir suas portas para o mundo, aqui vale uma exaustiva busca no google sobre como abrir as portas do seu modem e quais portas abrir para seu jogo/programa de torrent específico. Geralmente quando você chega em redirecionamento de portas, você já está muito puto por não fazer a merda dar certo e quer mandar tudo pro inferno.

Eu recomendo desistir nesse estágio, porque nunca vi uma pessoa que já chegou nesse nivel conseguir consertar o problema e conservar sua sanidade ajuda a pensar melhor e quem sabe um dia você ache a resposta para seu problema. Até porque talvez o problema não esteja ali, às vezes você só esqueceu da porcaria do firewall do windows aberto.


13 de setembro de 2010

Filmes que gostamos

O que faz alguém gostar de um filme? Em um filme de terror, uma pessoa pode gostar de tomar sustos, até tolerar um sangue aqui ou ali, mas não gostar de mortes violentas, mas mesmo assim gosta do gênero terror.

Uma pessoa pode perfeitamente não gostar de um filme de comédia ou de ação, que são gêneros bem famosos. Quem não gosta de comédias, às vezes diz que é por causa da forçação de humor que eles fazem. Todo Mundo em Pânico se superou nesse quesito, mas tem gente que acha que é essa forçação que deixa a coisa divertida com todas as cenas nonsense. No gênero da ação, podemos ver a mesma coisa, a pessoa não gosta da violência ou das explosões ou às vezes da falta de um bom enredo.

Com tantos filmes, nem todos tem um enredo ruim, nem forçação de humor, ou mortes violentas. Por isso existem os subgêneros e os gêneros misturados, talvez por esse motivo, sempre valha a pena ver um filme, talvez você possa se surpreender. Mas o que faz eu e você gostarmos ou não de certos filmes são o que eu vou chamar de pormenores, que às vezes se juntam e você concluí que o filme é completamente dispensável (ou uma merda).

Vamos ver Matrix por exemplo, eu achei a história ótima e os efeitos foram demais, assim como as cenas de luta. Se os efeitos tivessem sido ruins, mas eu tivesse achado a história foda, provavelmente eu iria continuar gostando do filme, porque nada do que foi ruim me incomodou. Mas outras pessoas podem pensar exatamente o contrário, a história foi fraca e isso a incomodou tanto que o resto não importa, por mais que o resto esteja bom, ela achou o filme horrível. Isso são pormenores que só você pode dizer se vão fazer diferença ou não.

Críticos de cinema pegam os pormenores e analisam o que foi bem feito e o que não foi, vendo o quão bem esses pormenores se encaixaram, dando sua impressão de forma imparcial. Ou pelo menos deveria ser imparcial. Quando uma pessoa lê uma crítica, ela pode se guiar pelos pormenores que mais agradam a ela para decidir se vai assistir ao filme ou não. O que não é sempre fácil de fazer.

Mas essa é apenas a minha opinião, já que não importa o método, se você gostou, ponto final. Já o filme ser bom, é outra história.


Interprete essa imagem como você achar melhor

6 de setembro de 2010

A Máfia das Auto-Escolas

Sabe-se de longa data que muitas auto-escolas por aí dão a opção de se pagar para ser aprovado no exame final que lhe dará direito a pegar sua licença para dirigir. O que a maioria das pessoas vêem é apenas um "jeitinho brasileiro", mas eu afirmo, isso tudo é uma máfia.

Isso é, sem todos os rituais, a Omerta e muito menos glamurosa, mas acredito que se enquadre bem no conceito de máfia. As primeiras ações mafiosas que se tem notícia vem da Sicília, onde os proto-mafiosos protegiam os fazendeiros em troca de dinheiro. Foi ok no começo, mas o negócio começou a pegar quando ninguém mexia mais com os fazendeiros e os proto-máfias ainda precisavam do dinheiro, então eles chegavam no Sr. Farmer e diziam para ele:
- Bem, melhor pagar a gente, vai que acontece alguma coisa com o senhor.
- NÃO!
- Tem certeza?
- SIM!
Como a máfia é deveras refinada, eles diziam que tudo bem e iam embora. Mas no dia seguinte o Sr. Farmer acorda abraçado com a cabeça de uma de suas vacas e com os pneus da charrete furados. Nas auto-escolas é quase o mesmo conceito, você faz todas as aulas necessárias, vai fazer o teste e o examinador pergunta: "Não quer pagar não? Vai que acontece de você não passar", com a diferença que os pneus da sua charrete não vão ser furados, pode ficar tranquilho.

Aí você escolhe a pílula roxa ou a pílula escarlate. Se escolher a roxa vai desembolsar cerca de R$300 a R$400 segundo minhas pesquisas puramente informativas, mas tem a certeza (ou não) de passar no exame. Se escolher a escarlate vai ter que contar com todas as suas habilidades para não errar em nada, mas dependendo do examinador ainda pode acabar se ferrando e tendo que pagar o exame novamente.

Pode ser que compense pagar, eu acredito que por R$300 eu tiro uma carteira de moto ao invés de ter que desembolsar isso para passar na de carro, mas tem gente que afirma que se não pagar, não passa. De uma forma ou de outra, carro e crime organizado é o que não falta nas ruas de São Paulo.