30 de setembro de 2009

O Ponto Esfarelado

Parei certa vez no ponto de ônibus, em uma manhã escura em São Paulo. Estava um grupo considerável de pessoas ao meu lado e, em especial, um cidadão de roupas humildes comendo um saco de farelo amarelo.

Sim, não era possivel definir o que aquele salgadinho era antes, era apenas um saco transparente contendo a tal farofa amarela que ele virava para cair em sua boca e depois voltava, não é algo legal de se ver, mas todos precisam comer. O montante de gente parecia não se importar, ouvindo seus ipods nano e mp3 players e eu também não queria me fazer de intrometido na vida alheia.

Após alguns minutos após acabar com aquele saco, ele puxa outro de uma sacola, só que fechado. O cidadão tentou abrir a embalagem com força, tentou com os dentes e usou a força de novo, só que dessa vez o saco abriu. Não sei quanta pressão existia contida naquela embalagem, mas o vento com certeza ajudou a levar os farelos aos cabelos e roupas de todos que ali esperavam.

Quem estava mais na frente não fazia ideia do que tinha ocorrido e quem estava mais atrás nada podia fazer se não tentar se limpar, porém o pobre homem, ainda mais sujo de farelos, parecia triste. Cabisbaixo fez a unica coisa que lhe fazia sentido, recolher o pouco de farelo em suas mãos e mandar pra dentro.

O ônibus chega e todos rumam a porta de embarque, menos o homem que foi embora, deixando uma trilha de farelos enquanto andava. Moral da história, não use força para abrir embalagens de salgadinhos, é melhor para você e para todos em um raio de 1 metro.

2 deboches:

Renato disse...

http://bit.ly/c9sOA

Sem mais.

Anônimo disse...

bota 1,5m por segurança

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