24 de agosto de 2009

Vendedor de Cocos

Foi num dia claro de inverno, onde as pessoas andavam de bermuda e regata em meio à uma praia do Rio de Janeiro. Vamos chamar essa praia de "praia".

Então estava eu na "praia" quando um vendedor de cocos me abordou com um coco em sua mão, peluda, direita. Temi pela minha vida por alguns instantes, achei que deveria oferecer bananas ao ser que estava de frente para mim, mas ele só queria me vender o coco por um preço razoavél.

Pensei por uns instantes, ele usou de suas táticas secretas de vendedor de cocos para tentar me ludibriar e me fazer comprar seu, peludo, coco. Falou que abria e colocava o canudo, mas que também podia ser só no copo mesmo. Comecei a achar que o vendedor estava me confundindo com outra pessoa.

Ao ser perguntado, o vendedor falou que estava falando com a pessoa certa, que daria o coco mais gostoso da praia da "praia" que alguém já tomou na vida. Daí eu tive certeza que ele estava me confundindo com outra pessoa.

Para tentar me desvencilhar dele, disse que não gostava de cocos, mas ele me mandou experimentar esse, em seguida falei que eu tinha intolerância a lactose e o maldito falou que quem tem isso, pode tomar água de coco normalmente. Sendo que nem eu sabia disso, comecei a achar que estava falando com algum PhD em medicina.

Sem pensar duas vezes ele abriu o coco e o empurrou para mim. Com a sensação da praia inteira estar me olhando pelado, tive que tomar o coco. E realmente fiquei muito satisfeito, mas o vendedor de cocos continuou na minha frente esperando alguma coisa e eu tolamente perguntei o que era.

"O pagamento" disse ele. "Não trouxe dinheiro amigo" disse eu. Nesse instante ficou tudo nublado e tudo que me lembro é de estar em um pronto-socorro com meu braço enfaixado e alguns ematomas pelo corpo.

Maldito vendedor de cocos.

2 deboches:

Renato disse...

Por sorte você continuou vivo para poder contar o incidente.

Ótimo texto.

Fitrox disse...

Vou tomar cuidado com uns q tem aqui perto. A peicheira dele parece bem afiada...

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